
Do outro lado da cidade mais um aniversário, no bairro à frente um forró bem chulo, no meu vizinho mais uma briga, dessa forma passa minha noite. Quando a insônia insiste em me acompanhar eu ajudo o porteiro, visito a janela vez por outra pra ver se existe algum movimento suspeito, sabe como é, porteiro que é porteiro sempre dorme. Aí a gente fica pensando e se de repente alguém pula o muro, arromba uma porta, mata alguém, “ok”, tenho uma imaginação fértil, mas sempre imagino situações de risco. Sabe a praça da bandeira? Aquela lá do centro, perto da faculdade de direito da UFC? Antigamente tinha um lago lá no meio, vi isso em uma foto, e hoje dizem que é um reservatório de água, não tem quem me faça passar lá no meio, vai que aquilo afunda, eu não sei nadar.
Tenho certas manias chatas, idiossincrasias, coisinha que até minha mãe olha e diz, “Deixa de besteira menina”, imagino um desastre a cada instante, além dos desastres vejo micróbios e parasitas em todo canto. Não sou do tipo que tem mania de limpeza (taí uma mania que minha mãe iria adorar), pelo contrário, sou a bagunça em pessoa. Mas certas coisas eu fico imaginando, “Nossa! Quantas pessoas já colocaram a mão suja aí?” Um bom exemplo disso é ir a sorveteria: o cara da sorveteria perto de casa já me conhece, eu sempre tiro minha colherzinha do bolso, às vezes ele olha e rir, mas já está acostumado.
Analisando tudo isso que disse percebi que sou feita de extremos, mesmo com tantas teorias sobre micróbios, não dispenso um cachorro-quente, desses preparados em carrinhos que ficam nas calçadas. O próprio sorvete (aquele da colherzinha que falei anteriormente), eu me lambuzo, sujo os dedos, roupas, mesa, pareço criança. Em relação a isso tenho uma teoria, tudo que é gostoso a gente tem que se lambuzar, tudo mesmo, comida, beijo...
Além dessas manias tenho medos sem sentido. Morro de medo de morrer atropelada por um trem, sempre que estou em um ônibus, carro, moto, bicicleta, ou qualquer meio de transporte, fico imaginando, “Se eu fico presa aqui e vem um trem e me pega em cheio como vou sobreviver?”, tenho pavor de trilho de trem. Tenho também aracnofobia (tinha que ter uma fobia no meio né?) pavor mesmo de ficar chorando feito um bebê, de soluçar e ter pesadelos durante a noite.
Mas como eu estava falando, sou feita de extremos, em determinadas situações sou medrosa, infantil, cheia de manias e medos. Contudo, de uma hora pra outra (dependendo da situação) perco todos os medos e a vergonha, danço sem querer saber se estão olhando, me lambuzo com sorvete viro outra pessoa (já tem gente dando até nome pra essa outra Jessika). No momento não tenho nenhuma explicação para tal comportamento, uns dizem que é o signo (peixes) já outros é que sofro de transtorno bipolar. Bem, eu sinceramente não sei mas que é no mínimo interessante mudar de vez em quando né?!
5 comentários:
Acho que é o seu melhor texto. :o
Você soube se descrever bem, hipocondríaca e pressente as coisas, tenho até medo de ti por isso.
E, cara, eu gosto de texto grande, dá impressão que você disse tudo.
xôu!
beijos!
"...sou feita de extremos, em determinadas situações sou medrosa, infantil, cheia de manias e medos. Contudo, de uma hora pra outra (dependendo da situação) perco todos os medos e a vergonha, danço sem querer saber se estão olhando, me lambuzo com sorvete viro outra pessoa.."
Olha, isso me lembra alguém que conheço, que por mera coincidencia também é pisciana e acha ser bipolar..
As coincidências da vida hein!!
Preciso nem dizer que me identifiquei demais com esse texto!
E olhe, essas noias(tipo negocio de trem ladrao) são normais... pelo menos eu tambem tenho e as acho até normal ne
hehehehehe
Enfim...
Otimo texto (até porque me vi nele de certo modo)
Beijos moça
Poxa, fikei envergonhada! Brigada Sr. Victor!
Nossa essa e a jessika?
?
?
?
?
(....)
É sim Riq! É q vc só presta atenção nakela lá que vc nomeou...
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