Um dia ainda te terei em meus braços, viciada em meus afagos e entregue de corpo e alma. Um dia me verás como o homem que sempre quis, o amigo que te alegra as tardes enfadonhas e o amante que te guia. Um dia ligarás para dizer que o trabalho foi ruim e que a noite sem mim parece infinita. Um dia, mesmo sem saber direito, cozinharás no domingo meu prato preferido e oferecerá paparicos sem fim. Me apresentará aos amigos como príncipe encantado, educado e bem criado. Afirmará que meu passado ficará no passado, que não quer saber de histórias e que antigos amores pouco importam. E aos poucos tomará minha casa, com livros, discos, beijos e cheiros esquecidos em um canto qualquer. Deixará frases soltas escritas em guardanapos de bar, declarações quase escondidas. Por fim, quando eu menos perceber já sentirei tua falta, te ligarei para cobrar detalhes do quê, onde, como, quando e com quem e sei que te afastarei. Decidirei não mais te querer para mim, farei injúrias e devanearei sobre algum maldito rapaz a te importunar. Terei vontade de apagar teu cheiro, queimar teus discos dos Beatles e rasgar tuas declarações por pura birra, pra dizer que não preciso de tua presença imposta. Para no fim, ao te ver, atirar-me em teus braços e só me acalmar com o cheiro da tua pele.
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Nem tudo aqui aconteceu, nem tudo aqui sou eu, mas há fragmentos meus em toda parte.
terça-feira, 4 de maio de 2010
...
Um dia ainda te terei em meus braços, viciada em meus afagos e entregue de corpo e alma. Um dia me verás como o homem que sempre quis, o amigo que te alegra as tardes enfadonhas e o amante que te guia. Um dia ligarás para dizer que o trabalho foi ruim e que a noite sem mim parece infinita. Um dia, mesmo sem saber direito, cozinharás no domingo meu prato preferido e oferecerá paparicos sem fim. Me apresentará aos amigos como príncipe encantado, educado e bem criado. Afirmará que meu passado ficará no passado, que não quer saber de histórias e que antigos amores pouco importam. E aos poucos tomará minha casa, com livros, discos, beijos e cheiros esquecidos em um canto qualquer. Deixará frases soltas escritas em guardanapos de bar, declarações quase escondidas. Por fim, quando eu menos perceber já sentirei tua falta, te ligarei para cobrar detalhes do quê, onde, como, quando e com quem e sei que te afastarei. Decidirei não mais te querer para mim, farei injúrias e devanearei sobre algum maldito rapaz a te importunar. Terei vontade de apagar teu cheiro, queimar teus discos dos Beatles e rasgar tuas declarações por pura birra, pra dizer que não preciso de tua presença imposta. Para no fim, ao te ver, atirar-me em teus braços e só me acalmar com o cheiro da tua pele.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Perfil de homem inseguro!
Alias.. perfil de homem! Sem pleonasmos, neh?!
"..e só me acalmar com o cheiro da tua pele.."
isso foi perfeito.
Postar um comentário