Sem Muito a Declarar...

Escrever tem sido complicado, começo uma, duas, três linhas e paro! Não consigo mais seguir o pensamento que me escapa por entre as letras do teclado e em meio às músicas que escuto. As histórias e personagens fogem, as críticas ficam sem embasamento. Tenho que me policiar, um bom escritor não é aquele que só escreve em momento de inspiração, o bom escritor é aquele que transforma coisas banais em momentos de inspiração.

Mas esse lance de inspiração pega mesmo. Quem vive de criar situações, precisa que aconteçam coisas inusitadas, escutar boas histórias, conhecer gente interessante e passar por coisas intensas, ao menos para os textos intensos. Contudo, a mansidão tem pairado. Nem os autores que antes, eu buscava como fonte, me ajudam, quando os leio, quero que um pedaço deles fique em mim, tenho ânsia de escrever como eles, usurpar um pedaço daquela áurea literata, mas minha alma nega essa existência.

Não gosto de textos melancólicos, este está parecendo um, não era pra ser, mas é! Não ando triste, só melancólica, pensativa e com saudades. Saudades da barba branca que eu costumava brincar, dos causos contados na cadeira de balanço e do apoio dado em meus planos. Quando me vejo assim, lembro dele e de sua alegria, o via com raiva, com sono, fome, impaciente, mas nunca distante. Então, é melhor eu deixar de frescura, esperar passar a TPM e continuar fazendo por onde aquele velhinho continue cuidado de mim, de onde quer que ele esteja.